Ala maula que tempito cabuloso
Nessa garoa galopeada de minuano
De quando em vez o temporal arrasta o toso
O que me salva é esse poncho castelhano
O ramenzone vai guapeando a chuva braba
E a cordeirada poco a poco encarangando
A várzea grande se estendeu num mato branco
Parada feia pra quem vive campereando
Tempo cerrado no sem fim das sesmarias
Vai me atrasando até as esquila das oveia
Que eu já não pego meus bagual faz uns seis dias
Já tô apostando que quase tudo veiaqueia
Minhas alpargata tão virada nuns tamanco
E eu não agüento mais usar bota de goma
Já trancei laço corda forte e barbicacho
Pro tropillero fiz uns dez buçal de doma
Ainda por cima a brasina vaca mansa
Foi se meter num manancial lá da invernada
Tirei a pobre na cincha do pingo mouro
Salvei o couro e as achúrias pra cuscada
Vivente que não devemos recomendar.
Pilcha, espécie de capa sem abertura e de gola redonda que abriga do frio.
Ato de deslanar ovinos; no que tange a caprinos e caninos o termo é tosquia e no que respeita a aparar crina de eguariços o termo correto é tôso.
excelente, bom, ótimo ou cavalo xucro
Calçado de lona com solado de sisal.
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Primeiro apero do “preparo” da encilha.
Apero da encilha que serve para apertar os arreios.
Afetivo de cavalo de estimação.