"Cuepucha" negra xirúa
Não pude mirar teus olhos
Em direção ao palanque
Me fui ao tranco do baio...
O negro escuro da noite
Se salpicava de estrela
Me fui tristonho, calado,
Chorou por mim as chilenas.
No potreiro a palavra
Me matreriou nesse dia
Pra dizer-te, frente a frente,
Que de "tiempos" te queria.
O teu sonho também era
Ser calhandra do meu pago
E sem ficharmos de frente
Ficamos os dois calados.
Para aliviar minhas penas
Segui o cruzeiro do sul
Quatro estrelas "machaças"
Nascidas em forma de cruz.
Pra não enlutar a noite
Desta pampa potra crua
Na imensidão do meu pago
Plantou-se um clarão de lua.
A noite, pronto, me abraça
E nem sei por onde anda
Talvez fizeste teu ninho
Em outro rancho calhandra.
Já venho gasto dos pagos
Querência não fiz nenhuma
Não pude mirar teus olhos
"cuepucha" negra xirua.
Andadura lenta dos eguariços.
Pequena invernada onde pastam potros, situado nas imediações de uma Fazenda ou Estância.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.