Bamo sampar de cano cheio, paisano
Quem tem tutano, não refuga os "boca-atada"
Se é pra nos darem a bolada
Que mangueiem bem ligeiro
O potro mais caborteiro
E pretensioso da manada
Que além de louco, nós não "nascemo" de susto
"botemo" os cuscos se um boi se entoca no mato
Se tem mosquedo, "temo" metido no meio
Sampando de cano cheio com chumbo de matar pato
De cano cheio, "atraquemo" sem floreio
Porque gaiteiro tem alma de pampa e céu
E o baile velho se arrasta na madrugada
Numa chamarra aporreada de se laçar de sovéu
Bamo sampar de cano cheio, cordeona
Que as querendonas se passeiam, perfumadas
Campeando uma desgarrada
Qualquer mimosa é bem-vinda
Mas se "apartemo" a mais linda
Deixa assim, não passa nada
Que além de louco, "semo" flor de bailarino
De campo fino, "temo" graxa na picanha
Fim de semana, "metemo" corda em rodeio
Sampando de cano cheio neste estilão de campanha
Arremessar, atirar, lançar.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).