Levanta gaudério que o dia já vem corcoveando
E o sol já reponta o nevoeiro por sobre a coxilha
O gado te espera mugindo junto ao rodeio
Teu pingo escaramuça e relincha a falta do baixeiro
(Todo dia é assim o serviço é o mesmo
E a esperança escora
Manotaço da vida
Que de tão gaviona precisa de espora)
Matuto ligeiro criado em ponta de faca
Teu braço pesado segura na rédea do tempo
O laço acompanha o arreio em qualquer invernada
Tua fibra se fez pouco à pouco nas lidas do campo
Quando um dia o sol não nascer na tua tropeada
Com certeza estarás repousando em outras pousadas
Tudo quilo que você plantou restará uma semente
Que nos campos darão muitos frutos pra outros viventes
(Todo dia é assim o serviço é o mesmo
E a esperança escora
Manotaço da vida
Que de tão gaviona precisa de espora)
Vivente aventureiro que chegou na Pampa, vindo do Brasil-central; não tinha profissão definida, nem morada certa e não se amarrava ao coração de uma só mulher
Afetivo de cavalo de estimação.
Apero de couro (torcido, trançado ou chato) preso às gambas do freio, que servem para governar os eguariços.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.