(Valdir Gonçalves/Valdemar Gonçalves)
No compasso da vaneira, eu só quero balançar
No compasso da vaneira, a noite inteira eu vou dançar
Nos braços dessa prendinha, a noite é minha, eu vou bailar
No compasso da minha prosa, eu só quero é namorar
Dê-lhe vaneira a noite inteira
Dê-lhe vaneira pra moçada dançadeira
No compasso da cordeona, bebo goles de alegria
Embalando a sinhá dona até virar a barra do dia
Vanerar a noite inteira, a chinoca me pedia
Bater pata com esta prenda, era tudo que eu queria
Dê-lhe vaneira a noite inteira
Dê-lhe vaneira pra moçada dançadeira
Trotear de casco na vaneira, a indiada se entrevera
Sarandeios de alegria, muita prenda e muito cuera
Vou chuleando bem afoito, enquanto a china me tempera
Boto olho na crinuda e a indiada se acuiera
Dê-lhe vaneira a noite inteira
Dê-lhe vaneira pra moçada dançadeira
Guria que se pilcha de bota e bombacha ao invés do vestido de prenda, prenda que passou dos 30 anos.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).