Eu tenho lá onde eu moro um recanto abençoado
Pra trazer viva a memória e os costumes do passado
Fogo de chão com tripé um pai de fogo queimado
Alguns cepos com pelegos pra quem chegar ir sentado
O meu recanto gaúcho tem paredes decoradas
Com a bandeira do rio grande com trabucos e adagas
Um apero prateado duas bruacas de cargas
Num quadro bento gonçalves, no outro getúlio vargas
No meu recanto gaúcho, pau a pique, chão batido
Vivo ali o dia de hoje dentro do sistema antigo
Passo horas de lazer mateando com meus amigos
No meu recanto gaúcho tem borrachão e cantil
Uma vitrola antiga, alguns discos de vinil
Tenho noel guarani, gildo de freitas, tio bilia
Do jaeme caetano braun, alguns de poesias
No meu recanto gaúcho no varal dependurado
Charque, lingüiça campeira e toicinho defumado
Meu apego a esse recanto é um sentimento sagrado
Me honra ser descendente dos gaúchos do passado
Autores: Bruno Neher e Sandro Oliveira
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.