(Régis Marques)
O campo reza uma prece no resmungo de cordeona
E o bufido da gaviona vai abençoando o minuano
Contrito à mostra do pano no florear do capuchinho
Que ao tranco entoava o caminho daquele povo aragano
E o verso é uma oração de amor e fé na querência
Pregando reminiscências num tranco véio campeiro
Doutrinando o povo no compasso do gaiteiro
Pisando o solo fecundo do santo chão fandangueiro
O velho galpão é um templo do culto à tradição
Da alma e do coração no pregar de um mundo novo
A cada verso um retovo da glória de ser campeiro
Seja abençoado o gaiteiro que é um missionário do povo
E o verso é uma oração de amor e fé na querência...