(Léo Ribeiro/Pedro Neves)
O dedo de matar piolho bateu no sul do pandeiro
E os purso do gaiteiro forcejaram num trancão
Te agarra, peão, te agarra que o baile tá começando
E dê-lhe gente pulando a cerca de varejão
É no salão da pretinha, no ventre de um taquaral
Este entrevero social que aquenta a noite fria
Os bugres dançam de trinta batendo cano com cano
São vinte e poucos paisanos pra oito ou nove guria´
E a gaita, que é voz do pago, reponta sonhos perdidos
Trazendo o mundo florido pra quem tá meio na mão
O toque de uma cordeona enseja contentamento
E a gente viaja no tempo sem tirar os pés do chão
Em riba das quatro e meia um brodo de galo novo
É distribuído pra o povo ir aguentando o tirão
E quando, por pouca coisa, de briga soa o alarme
Um taura grita, se acalme, nós somos todos irmão´
Naquele tendel medonho de bate casco e poeira
Uma bugrada faceira atora a noite de abril
Oigalê, rio grande velho que lasca, mas não termina
Dos bailes de lamparina nestes fundões do brasil
E a gaita, que é voz do pago, reponta sonhos perdidos...
Mistura e confusão de pessoas, animais ou coisas.
Vila, distrito.
Vivente que se pode recomendar.