(Recitado)
Nos fandangos do Sodré, sou pé de vento na sala
Quando a cordeona se embala e o tocador bate o pé
O galpão de santa fé escurece e pede espaço
Pra bailar neste compasso que passa de pai pra filho
E a noite vem comer milho pra pelechar sua estampa
Que acende um clarão na pampa da alma de Dom Maurilho
Que bicho atrevido, mais cheio de prosa
Criolo da serra do campo e do mato
Empeça o fandango ao roncar da cordeona
De jaleco branco e lenço maragato
Vai cruzando a noite entre braços e abraços
Proseando com a china num jeito insistente
Chorando suas penas pedindo carícias
Carente de afagos que acalmam a gente
Abre a gaita seu gaitero que na sala eu sou de fé
É neste embalo pampeano que se desdobra as "muié"
Sou sangue herança dos Cunha lá do rincão do Sodré
E o que tu fizer com as mãos eu desmancho com o pés
Enxaguo a garganta no samba da copa
E a noite tranqueia buscando outro dia
O gaiteiro floreado floreia mais uma
E a sala incendeia na velha mania
O bicho pachola arrasta as esporas
Levantando poeira do piso batido
Aparta uma china pra o lado de fora
E o baile termina num pala estendido
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Denominação genérica do Baile Gaúcho.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Habitante da Pampa.
Lugar isolado em fundo de campo.
Poncho leve de seda (para o verão), de algodão (para meia-estação) e de lã tramada ou bixará (para o inverno).