(Osmar Proença/Matheus Alves)
Inverno brabo que se aquerenciou no pago
Com ressábios matizados de agosto
Só um grilito e o estalo dos gravetos
Fazem costado ao silêncio cá do posto
Lida curta e solidão, dia após dia
Recorridas e o arrimo de uma quincha
A distância ajeita as garras no meu peito
E uma saudade amorenada aperta a cincha
Cuia e cambona vão corpeando a nostalgia
Água bem quente pra sede de um cruzador
Posto sinuelo com potreiro e boas-vindas
Pra estes campeiros que assomam no corredor
Quem sabe, um dia, estampado em primavera
Seja um recanto pra cuidar da minha flor
Lida curta e solidão andam de mão
Nas sesmarias do meu rincão de posteiro
Pensando nela vou taureando nestes campos
´guentando os golpes do inverno mais grongueiro
Feliz é o índio rasgador de sesmarias
Que tem arreios e cavalos pra encilhar
E vê num rancho seu altar de confidências
E tem um catre de pelegos pra sonhar
Pava
Um ou mais animais mansos que servem de guia à tropa.
Pequena invernada onde pastam potros, situado nas imediações de uma Fazenda ou Estância.
Lugar isolado em fundo de campo.
Conjunto da encilha.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Cama rústica improvisada com o “maneador” passado entre dois varões que unem dois pares de pés em forma de “X”, sobre o que, coloca-se forros (pelegos).