Letra: Mario de Lima Lucas
Música: Diego Camargo
Vem no rebojo do vento
Bem amarrado nos tentos
Meu ponchito bichará
Já desgastado da lida
Mas que não nega guarida
Pra onde quer que eu vá
Tô de sombreiro tapeado
Aba treze encouraçado
Minha quincha do dia-a-dia
Que escora as chuvas de agosto
Nas camperiadas do posto
Em léguas de sesmarias
Trago firme na mão
Um relho de três botão
Trançado à moda torena
E se o matungo "veaqueia"
Largo no meio da "oreia"
Pra deixar de ser ventena
Enrodilhado se entona
Costiando a aba da carona
Um quatro tentos pachola
Sempre bem apresilhado
Com doze braças trançado
Da presilha até a argola
Bem amarrada ao garrão
Estampa da tradição
Uma espora nazaren
Que corta qualquer sotreta
Quando firmo nas paletas
De algum matungo pavena
São minhas armas de lida
Nas camperiadas da vida
Por este Rio Grande a fora
Vou sempre no mesmo embalo
E bem montado a cavalo
A cada romper de aurora
Cobertura com santa-fé, macega ou folhas de palmeiras.
Espécie de açoite.
Cavalo de pouca qualidade.
Botão da mesma guasca, que serve para fixação.