Saudade não tem idade
Não tem dia, não tem hora
Ou você que foi embora
Ou foi alguém que partiu
E aquela felicidade
Que morava no seu peito
Agora não tem mais jeito
Sumiu e ficou vazio
Saudade brinca com a dor
Um trago de queimar guela
Os olhos só veem ela
Todo seu mundo tá ali
Pé por pé vem a tristeza
E te consome sozinho
Parece que um espinho
Cravou bem dentro de ti
{Quando a saudade dá um porre
Bota a culpa na lembrança
As mágoas vem só num gole
E você masca suas ânsias
Pensa que é forte e bem macho
Mas chora feito criança}
Saudade gera caminhos
Num sonho de machucar
A cabeça tenta achar
E o coração perde o rumo
A esperança vai embora
E a ilusão fica tateando
E você sem saber quando
Fantasia o seu aprumo
A noite quando a saudade
Vem pro catri sem licença
O peão perde a paciência
E as horas vão martelando
O silência é um castigo
Não te deixando dormir
E a malvada então sorri
Pra aos poucos ir te matando
{Quando a saudade dá um porre
Bota a culpa na lembrança
As mágoas vem só num gole
E você masca suas ânsias
Pensa que é forte e bem macho
Mas chora feito criança}
Falado:
"Quando a saudade não cabe no coração
Transborda nos olhos
E aí a gente chora."
{Quando a saudade dá um porre
Bota a culpa na lembrança
As mágoas vem só num gole
E você masca suas ânsias
Pensa que é forte e bem macho
Mas chora feito criança}
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.