(Velho Milongueiro)
O vento passou lá em casa
Feito vassoura varrendo o chão
Varreu a minha esperança
Varreu meu sonho, minha ilusão
Até minha inspiração
Ele foi varrendo sem piedade
Só não varreu a saudade
Que está morando em meu coração
Vento minuano que canta e chora e assovia
As minhas noites tem sido frias
Ninguém aquece meu coração
Vento minuano, faça o favor, seja meu amigo
Traga meu bem pra ficar comigo
Que eu não suporto esta solidão
O vento passou rasteiro
E foi varrendo grama e capim
Varreu todo o meu terreiro
E todos canteiros do meu jardim
Até o retrato dela
Ele varreu de cima da mesa
Só não varreu a tristeza
Que está morando dentro de mim
Vento minuano que canta e chora e assovia...
O vento passou lá em casa
E foi varrendo o que viu na frente
Varreu galpão e garagem
Varreu folhagem, varreu semente
Até a história da gente
Tentou varrer sem necessidade
Mas não varreu a vontade
De ter meu bem aqui novamente
Vento minuano que canta e chora e assovia...
Vento predominante frio e seco, que sopra do quadrante SW (Alegrete, Uruguaiana, Quaraí, Barra do Quaraí) - donde habitavam os nativos (índios) denominados Minuanos (por essa razão), que se tornaram hábeis campeiros (laçadores e boleadores).
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.