A minha voz que vem de um tempo ancestral
Carrega a força baguala de alguma carga de guerra
E altaneira, topando tempo e estrada
Atravessa a madrugada sempre exaltando minha terra
A minha voz é pataleio da eguada
Que corre de cola alçada cortando várzea e coxilha
E abagualada se mistura com a cordeona
E com a guitarra chorona na minha sina andarilha
A minha voz, grito de pampa
A minha voz, crioulo canto
Que rompe o tempo e não cala
Tem verdade no que fala, possui raíz
Consciência, garra e devoção
A minha voz, xucro vento
É um pampeano chamamento
De patriotismo e de amor por este chão
É de outrora, a voz campeira que trago
E pelos rincões deste pago já ecoou em muito galpão
Também faz eco em alguma costa de mato
Quando meu laço desato para lidar com boi gavião
E sigo firme defendendo meu ideal
Cumprindo este ritual, de cantar minha querência
Crioulo ofício, deus me deu ainda bem novo
Sempre honrar este meu povo até findar minha existência
Leves ondulações topográficas no terreno.
Destino, sorte.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Filho de origem estrangeira, nascido aqui. Pode ser filho de branco, de amarelo ou de preto, não importa a raça ou a cor.
Selvagem.
Habitante da Pampa.
Lugar em que se nasce, de origem
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Arisco.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.
Vila, distrito.