Pica-pau papo amarelo ave de azar do meu pago
Com a ponta fina do bico só vive fazendo estrago
Pica-pau eh bico atoa é bicho de instinto mal
Vive atirado em tronquera fazendo oco no pau
De longe se ouve no mato o eco do pique-pique
Parece até berimbau no rancho de pau a pique
Destruidor de palanque de rancho de pau a pique
Faz casa no oco do pau pica o pau com o pique-pique
Pique-pique pica o pau pica o pau com o pique-pique
E o pau podre faz tilique no bico do pica-pau
Pica-pau bicho maleva nem leva i sol da manhã
Pra ver a cor do farelo do cerne do tarumã
É um sinal de mal agouro quando avoa e fecha asa
E bate o peito amarelo contra a cunheira da casa
Quando se agarra a picar com bico de cravador
Fura o moirão mais de pressa que pua de alambrador
Pássaro de peito amarelo que faz ninho em nichos em pau furado com seu bico; também, é a alcunha dada aos imperialistas moderados, que usavam o lenço amarelo parecendo-se com tal pássaro, devido ao peito amarelado pelo lenço.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Esteio grosso e forte, onde se amarram animais.
Malfeitor, desalmado, mau e perverso.
Palanque de cerca; palavra de origem tupy-guarany, que significa: madeira.
Espora sem roseta.
Aquele que constrói alambrados (cercas de arame).