A estampa serrana se acampa estende-se a tropa na serra
Um retrato um pedaço de céu faz moldura na minha janela
R3voam gralhase curucacas refletindo matizes nas fontes
Vem o tropeiro culatreando o sustendo abas largas tapeando o horizonte
Na memoria terrunha dos galpoes falquejando a existencia
Fazendo culto a raça tropeira, pois herdou esta procedencia
Sua alma é sinuelo banhada de prata é estalo de reio, liga de bruaca
Cangalha do tempo atada a capricho no lombo do vento forjando as patacas
Ouve sincerros e casco de mulas tordilho do tempo e alma estropeada
Nas retinas do velho tropeiro passa boi e passa boiada
Um fogo de angico nas tardes de junho ilumina o espelho das aguadas
Amadrinhando tropas de sonhos se faz ponteiro pra leguas de estrada
O galpao se enche de luz vem tropeiro gritando hô de casa
Encosta a tropa parceiro charque gordo e boa aguada
O galpao vazio emudece e atropa estoura na estrada
Nem relincho nem berro de gado só o lume da alma nas brasas