Um matiz caboclo pinta o céu de vinho
Pra morar sozinho todo o pago é pouco
Todo o céu se agita o horizonte é louco
Num matiz caboclo de perder de vista
Amada, amada
Por viver sozinho
Não me apego a nada
O minuano rincha nas estradas rubras
Repontando as nuvens pelo céu arriba
O Sol poente arde em sobrelombo à crista
Quando Deus artista vem pintar a tarde
Amada, amada
Por viver sozinho
Não me apego a nada
Um matiz de chumbo predomina agora
É chegada a hora de encontrar meu rumo
Ao seu olhar lobuno mais além do poente
Onde vive ausente meu sonhar reiúno
Amada, amada
Por viver sozinho
Não me apego a nada
Lugar em que se nasce, de origem
Vento predominante frio e seco, que sopra do quadrante SW (Alegrete, Uruguaiana, Quaraí, Barra do Quaraí) - donde habitavam os nativos (índios) denominados Minuanos (por essa razão), que se tornaram hábeis campeiros (laçadores e boleadores).