Se o xirú anda triste
Pelos trompassos da vida
Faz tempo que não chove
A plantação tá perdida
Levante os olhos pro céu
E reze um pouco ao patrão
Pois o pior, meu parceiro
É a seca no coração.
Bota fé no veínho
Bota fé no veínho
Bota fé no veínho
Vou te dizer como é que é
Bota fé no veínho
Bota fé no veínho
Bota fé no veínho
Porque o véio é de fé.
Se a prendinha está só
Agradeça ao criador
A males que vem pro bem
Eu também tô sem amor
Vamo acolherá 'os treim'
Eu te juro minha flor
Que não há coisa mais linda
Do que amar um tocador.
Quando termina a esperança
E a urucubaca campeia
O braço vai fraquejando
E a corvada rodeia
Deixe os farranchos de lado
De um chego na capela
A proteção vem de cima
E ninguém vive sem ela.
Vivente amigo e companheiro; é um vocábulo síntese da palavra CHE (amigo) e da palavra IRÚ (companheiro).