Lá no salão do Anastácio eu canto e danço a noite inteira
E me desmancho pela sala no balanço da vaneira
Neste fandango animado chamico se vê de tudo
E o chinaredo se assanha que não sobra nem refugo
Vai pra lá e vem pra cá que hoje eu quero é namorar
Vai pra lá e vem pra cá que hoje eu quero é namorar
Lá no salão do Anastácio não fica ninguém sentado
E a gaita velha corcoveia pra dar conta do recado
Neste entrevero de china me paro de zorro manso
Sempre campeando um namoro e pronto pra afogar o ganso
Vai pra lá e vem pra cá que hoje eu quero é namorar
Vai pra lá e vem pra cá que hoje eu quero é namorar
Lá no salão do Anastácio quando o dia vem clareando
O bolicheiro prende um grito que o baile esta terminando
Dou de rédeas no meu pingo e saio batendo espora
Com a prenda na garupa eu me largo campo a fora
Vai pra lá e vem pra cá que hoje eu quero é namorar
Vai pra lá e vem pra cá que hoje eu quero é namorar
Denominação genérica do Baile Gaúcho.
bordel; onde fica o chinaredo
Mistura e confusão de pessoas, animais ou coisas.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Afetivo de cavalo de estimação.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Anca.