(Letra e Música: Miro Saldanha)
O sol se espreguiça, no leito da tarde,
Por sobre o braseiro do dia que foi;
Lá vem o tropeiro, no rastro do gado,
Gritando: Eira boi!
Um beijo marcado de flor e de poeira,
Por sobre a porteira que ao rancho conduz,
E dois olhos matreiros, repletos de sonhos,
Ganham nova luz!
REFRÃO
E o riso se solta, num som cristalino,
E a moça se encanta com o beijo na flor;
Como histórias tantas, que escreve o destino
Em nome do amor.
Mais um desses sonhos de quase menina,
Presos na retina de um corpo mulher,
Em que alma voa e a flor determina:
“mal ou bem-me-quer”.
Mas vai-se a figura do homem montado,
No rastro do gado, na estrada de chão;
Um beijo jogado por sobre a porteira;
Depois, solidão!
E a lágrima rola na face sofrida;
Pétala caída de uma flor mulher
Que indaga da vida, pra a flor já sem vida:
“mal ou bem-me-quer?”.
REFRÃO (bis)
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