Meu coração vagabundo se tarou por um tapa
Dos zóio arregalado que vai te fazer sofrer
Me ajeitei o dia inteiro pra esperar aquela imundícia
Só por que eu andei sonhando que você vinha me vê.
Saltei da cama e arrastei os trem pro sol
Pensando na zoiúda que vinha me visitar
Soquei canjica e barri os terreiro a capricho
Me prantei no rancho véio o dia inteiro a te esperar.
Até meu cachorro veio me notou, desesperado
Me batendo pelos canto andando daqui pra ali
Troteando louco de nojo esperando aquela tufenta
Com as mãos enfiado nos bolso esgualepando bem-te-vi
Tava olhando pela fresta de um ringido na cancela
Escutei um oh, de casa e o cusco véio rusnou
Com um arfoje a meia Esparta
Encarnada de batom a malacafenta chegou,
Me contou ela que anda procurando um macho
Que agarre ela e arrebente a pá do rabo
Não quer vadio e nem perdido de borracho
Nem desses loucos mulherengo, marca diabo
Nem quer crinudo, njme com brinco nas orelhas
Que quando aporreia deite pelado no chão
Que agarre ela e soque que bem canjica
Deixe miúda igual paçoca no pilão
Acertemos tudo e se atraquemos na empreitada
Fui mostrando pra ela como é que o tatu cavoca
Nós dois em pelo atraquemo os burros n’água
E ela roncava que nem peludo na toca
Dizem que tianga nova a gente amansa pelo bico
Vai tirando as coscas e já senta no freio
Mulher zoiúda que não pode enxergar homem
Senta-lhe o pau e não da folga nos arreios.
Orre bem feito eu te aveisei
Que por muié alguma não deixasse te pegar
Orre bem feito pois eu bem sei
que esse bicho muié só agarra homem pra judiar
Trotei e galopeia da pinote e reboleia
O dia inteiro se batendo por você.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Pequeno cachorro (o mesmo que guaipeca).
Bêbado
Mistura.
Corcovo, pulo.