Mano lima e ivo bairros de brum
Só dá mocunfa na estância do marcelo
É só ariguá na granja do lélo –
Eu saí de casa de manhã bem cedo
Fui lá na granja direto a ranchada.
O que encontrei lá dentro foi um piazedo
Olhando revista de mulher pelada.
Dei de rédea ao pingo e fui direto a estância
Pensei comigo na indiada de ser gaúcho
Me enganei de novo, nem me receberam
Era só tumbeiro e puro índio mucunfa.
Eram dez horas estavam dentro do galpão
Jogando puía e ginetiando os tição
Dava bom dia e nem se quer me davam bola
Eles lá dentro e eu à cavalo lá fora
Lá pelas tantas eu resolvi empuiar um piá
Já de vereda um bagaceira saltou
Bombeiem que esse é da nossa gente
Passe pra adiante e desencilhe pro favor
Aí que tá a importância da linguagem
Quem sabe, sabe, sabe se comunicar
Eu não entendia a linguagem do mocunfa
E muito menos a linguagem do ariguá.
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.
Apero de couro (torcido, trançado ou chato) preso às gambas do freio, que servem para governar os eguariços.
Afetivo de cavalo de estimação.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Pedaço de lenha que está ardendo no fogo, ou que já foi queimado em parte.
Guri.