Paulo Martins / Leonir
Nossa cantiga é o grito do bico do quero-quero
É o pampa que eu venero por que já nasci pampeano
Me criei meu aragano tomando canha na guampa
Ouvindo as vozes do pampa no sopro do minuano.
Quem sã souber quem eu sou repare na minha estampa
Eu sou o homem do pampa de sentimento profundo
Repito a cada segundo cantando pra minha gente
Eu nasci no continente do pampa largo do mundo
O pampa pra quem não sabe é a nossa pradaria
Onde o gaúcho se cria sentindo o cheiro da terra
Ali não existe serra a distancia se destampa
Nas pradarias do pampa onde o touro macho berra
Somos cantigas dos grilos nas costas do banhadais
A fúria dos temporais do vento frio do pampeiro
Pajador e guitarreiro reparem em nossa estampa
Nos somos homens do pampa do garrão sul brasileiro.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
(Haragano) - Não dado ao trabalho.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.