Esse meu jeito de fronteiriço,
Foi o serviço que deu prá mim
Jeito de taura que foi tropeiro
Naqueles cerros lá donde eu vim
A minha alma de sombra larga
Rincão de tala e flor de alecrim
Herdei das tardes de porcelana
Nas ressolanas do mês de abril bis
Quando a tristeza fez silhueta
Dei mais gambetas que um graxaim
Mas a saudade me deu um pealo
E parou o cavalo prá ver cair
E a emoção de campeiro rude
Enquanto pude guardei prá mim
Botei prá fora naquela hora
Que te perdi
Morena linda, caçapavana,
Diz que me ama
E volta prá mim
Adoça o mel desta lichiguana
Que eu largo a fama de camoatim
Morena linda caçapavana
Diz que me ama e volta prá mim
Eu sou mestiço
De campo e mato
De carrapato e guamirim
Trago na pele o que a japecanga
De cada sanga escreveu em mim
Sou um dos tantos que num matungo
Virava mundo prá ser feliz
E que o cabresto de uma morena
Levou sem penas por onde quis bis
Quando a tristeza fez silhueta
Dei mais gambetas que um graxaim
Mas a saudade me deu um pealo
E parou o cavalo prá ver cair
E a emoção de campeiro rude
Enquanto pude guardei prá mim
Botei prá fora naquela hora
Que te perdi
Morena linda, caçapavana,
Diz que me ama
E volta prá mim
Vivente que se pode recomendar.
Nervura principal de algo.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Parasita que agarra-se ao couro dos animais, para sugalos.
Pequeno córrego, bossoroca.
Apero de couro cru que prende-se ao buçal (pela cedeira ou fiador).