Os pioneiros na tapera antiga
Todos cansados de uma longa estrada
Eram gaúchos que vinham da serra
Pra neste pouso construir morada.
A dura sede o suor da jornada
Foram trançando os tentos deste enredo
Vestindo a geografia de esperança
Pra nova terra que acordava cedo.
Atrás do pinho e da erva-mate
Duzentas léguas feitas de saudade
A mão do homem que abriu a mata
Arou a terra pra plantar cidade.
Abençoada pelo cristo rei
Toledo é fruto do que a vida dá
Ao homem rude de sonho bravio
Do oeste rubro do meu paraná.
Abrindo as portas deste velho tempo
Pelos caminhos de peabirú
Pela picada nunez e gibaja
Ao sul, as águas do rio iguaçu.
Quem já conhece a cor destas paragens
Carrega sempre uma saudade em si
E a vontade de voltar um dia
Para encontrar sua alma guarani.
Habitação abandonada e deserta.