Era tropeiro bom de laço e domador
Peão de estância, esquilador e alambrador
Porém achou que lhe faltava liberdade
Tirou a pilcha e se borneou para cidade
Chegando lá, não encontrou colocação
Não tinha vaga pro seu ofício de peão
Quebrou a cara mas não quis voltar atrás
Lembra do campo e sente a falta que lhe faz
Mas, peão campeiro
Ponha o pala e bate as asas
Monta num trem e volte à trote para casa
Que a liberdade é um cavalo em campo aberto
Prá quem volta o tempo voa, o longe é perto
Se arremangou e para não cair de fome
Hoje é ginete de cidade e doma andaimes
Mas quase morre de saudade e desconsolo
Pois pelas obras é tropeiro de tijolo
E na janela num barraco de favela
Mateia triste sobre a xucra luz da vela
Então se lembra do seu rancho e do galpão
E passa as noites gineteando o coração
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Poncho leve de seda (para o verão), de algodão (para meia-estação) e de lã tramada ou bixará (para o inverno).
Andadura moderada dos eguariços.
Adestramento.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.