Mates de Saudade
Bem Na Moda Véia (2005)
Zezinho e Floreio
(Léo Ribeiro de Souza / Albino Manique)
Nas horas largas dos meus mates de saudade
Quando a cidade já acende seus luzeiros
Vou relembrando na tristeza que me invade
Os fins de tarde dos meus tempos de campeiro
Cantava junto com os ferreiros no pomar
Só pra quebrar a quietude da campanha
E agora tendo tanta gente ao meu redor
É bem maior a solidão que me acompanha
Goteja prantos lá do céu sobre esses ranchos
Quando um carancho como eu foge do ninho
E sorve mates nesta busca de si mesmo
Ou vaga a esmo a procura de carinho
Cantava junto com os ferreiros do pomar...
Às vezes boto minha roupa endomingada
Nas madrugadas dos bailões de chão a dentro
Seguro as ânsias de voltar pro velho pago
E tomo uns tragos pra esquecer os desalento
Componho um mate aproveito a mesma erva
Que ainda conserva um gostinho lá de fora
Um dia desses pego os cobres de reserva
Boleio a perna em algum trem e vou embora