Olhos Pampa
De a Cavalo (1994)
Luiz Marenco
Eu preciso das visagens que rondam os payadores
Prá reencontrar os valores que aninham nos parronais
Onde rebolcam baguais e nascem jujos de flores
É a mesma estrada que apeio prá definir inconstâncias
Pois o picumã da estância ficou preso aos meus cabelos
Talvez a bruxa da alma tenha um semblante moreno
A estrada longa é protesto prá investida dos tropeiros
Os habitantes do arreio rastreadores do universo
Vivendo tento por tento entre o chão e o céu aberto
Por tudo é que preciso me abrigar no céu dos pastos
Ter navegações de bastos na sinfonia do tempo
Prá repousar meus lamentos nas vibrações do que faço