Deserdado
Luiz Marenco nos Festivais (1999)
Luiz Marenco
O índio incréu pensa sozinho
Não há caminho da terra ao céu
Mateia e pensa que fim levaram
Os que mataram a minha crença
Tinha o pajé que tinha o deus
Não são mais seus perdeu a fé
Ficaram rimas última herança
E na lembrança cruz e batinas
E a cruz solita pedra entalhada
Contempla o nada sonho jesuíta
Olha o mundéu da noite baixa
E a lua guacha a passear no céu
Céu guarani dos tempos novos
Sem as guainitas dos sete povos
Tecendo rendas de inhanduti
Ficaram ruínas última herança
E na lembrança cruz e batinas