Chula
Cantando e Bailando (1982)
Paixão Côrtes
{Dança}
Descrição:
Um dos mais importantes livros-de-viagem referente ao Estado do Rio Grande do Sul – a “Notícia Descrita da Província do Rio Grande de São Pedro do Sul,” escrita por Nicolau Dreys em 1817 e publicada em 1839 - foi acentuado por uma passagem da obra, em que o viajante nos fala que a sociedade dos gaúchos era uma sociedade sem mulheres. Naquela época, “gaúcho” era um termo pejorativo indígena, homem sem lar e sem querência – bem distinto do campeiro das estâncias, apegado à terra e à família. O tempo passa-se em jogar, tocar ou escutar uma guitarra n’ alguma pulperia, e às vezes, dançando chula, sem a participação de mulheres, enfim a chula é dança de agilidade masculina ou de habilidade sapateadora, em que os executantes demonstram suas qualidades individuais.
A Chula reveste-se de particular importância no nosso folclore, pois encarna os traços do propalado machismo gaúcho. Num universo de masculinidade, a Chula era o símbolo do espírito másculo, retratando a força e a agilidade do peão, em clima de disputas.
Dança muito difundida em Portugal e também dançada pelos Açorianos. A Chula caracteriza-se pela agilidade do sapateio do peão ou diversos peões, em disputas, sapateando sobre uma lança estendida no salão.
♪ Venha seu mestre chula, ai seu chuliador,
E dê uma paradinha para o tocador!
Venha seu mestre chula, ai que chulia bem,
E dê uma paradinha para mim também! ♪
Fonte: Manual de danças Gaúchas, J. C. Paixão Cortes e L. C. Barbosa Lessa