Palanqueado Na Vaneira
Minha Estampa (2011)
Valdomiro Maicá
(Letra: João Alberto Pretto | Música: Valdomiro Maicá)
Louco pra entortá o espinhaço, envultei uma oito-baixo
Quarteando berro de macho aonde junta o mosquedo
Isso me atiçou as lombriga' e eu me atraquei moda antiga
Num roça-e-coça de urtiga pra cochichá os meus segredos
O galo bom vai ou racha, orgulhoso da bombacha
E vai rebentando as tacha' mostrando o naco da pua
Ainda mais se uma tchanga destas que a alma arremanga
Feita uma flor de pitanga quer fazer ciúmes pra lua
Não tem quem pinte o retrato de um xixo de taco a taco
A vanerão bem retaco e a pavio a meia goela
Ainda mais se é campeiro do estilo missioneiro
E desde antanho o tempero é um Rio Grande sem cancela
No meu traquejo eu não falho e me atraco no chacoalho
Destes que se pega atalho com o fole embalando as horas
Tapeio o pó da garganta me apinchando na percanta
E mostro que galo canta com o gogó dono da aurora
Nestes fandango' machaço o taura já mostra o braço
E sai campeando o espaço com uma prenda de primeira
Por isso tasco a pisada no encilhar da madrugada
Pra china ficá adonada palanqueada na vaneira
Não tem quem pinte o retrato de um xixo de taco a taco...