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Rios Pequenos

Minha Estampa (2011)

Valdomiro Maicá

(Letra: Máximo Fortes | Música: Valdomiro Maicá)

Eu não esqueço nos arroios pequeninos
Iguais a mim quando levado pela mão
O azul celeste refletido sobre os ninhos
Dos lambaris que beliscavam na emoção
Sinto uma força agitando este meu peito
Vinda de alguém que alojei no coração
E comparado à humildade dos arroios
Ainda cresce feito as águas que se vão

Numa milonga atrevida, num chamamé, num bugio
Saudade de quem se gosta
É linha que não enrosca fisgando almas de rio

Contava causo de guri que não sesteia
E dos invernos com pinhões pela manhã
Frutos socados ao pilão da velha Zifa
Naqueles tempos de balsear no Yucumã
Por seu amor à natureza em nosso sangue
Em quase-índio da querência de Nonoai
Nos arredou da pretensão de quem não vê
Sem rios pequenos, quem teria um Uruguai?

Numa milonga atrevida, num chamamé, num bugio...


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