Festa do Freio
Freio de Ouro (CD 1) (2006)
Elton Saldanha
Desde os desertos da África
O sol dos livres no sangue
Levastes os reis pela Europa
E aqueles índios dos andes
Com los gauchos de la pampa
Tua raça rude se expande
Pra ser cavalo de ofício
Do meu povo do Rio Grande.
Só os fortes sobrevivem
Clina o vento e dê-lhe casco
Quinhentos anos de história
Na escritura do teu rastro
O timbre de ferro e fogo
Marca da raça no couro
Orgulha brasão da estância
Em cada freio de ouro.
Orgulha brasão da estância
Em cada freio de ouro.
Nobreza, coragem, rusticidade
Pureza no coração
Quando gira sobre patas
Gira o destino do peão.
Quando gira sobre patas
Gira o destino do peão.
Com permisso, com permisso
Tão pedindo cancha tchê
De a cavalo tô no freio
Nas festas da ABCC.
A função, quem monta sabe
Desde o bocal até o freio
Por que o cavalo crioulo
É pra quem usa os arreios.
O dorso, o lombo, a garupa
A cola, o facho de clina,
Encontros de pecha touro
Anca de carregar china.
Os cascos bem aparados
Está ferrado pra lida
Ao tranco trocando orelha
Com a franjona repartida
Se criou igual ao gaúcho
Rude e guapo campo a fora
É o símbolo do rio grande
É lá que o centauro mora
É um orgulho estar no freio
Tilintando as minhas esporas.
Nobreza, coragem, rusticidade
Pureza no coração
Quando gira sobre patas
Gira o destino do peão.
Quando gira sobre patas
Gira o destino do peão.
Com permisso, com permisso
Tão pedindo cancha tchê
De a cavalo tô no freio
Nas festas da ABCC.