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Baia Sebruna

Lá na Fronteira (2001)

Cesar Oliveira e Rogério Melo

Se foi assim tastaveando como querendo rodar
"pra mode" não se estropear "tentiei" o bico do freio
Égua maleva, esta baia com cismas de renegada
Cria de raça estragada que há tempos redomoneio

Já dei nem sei quantas sovas nesta bruta mal costeada
Da cabeça encarneirada se assombra quando vê gente,
Se assombra quando vê gente,
Já desmanchou meus arreios de tanto que se boleia
Todo dia "veiaqueia" num corcóveo diferente

Refrão:
Baia sebruna matreira vive só de lombo inchado
Cosquilhosa e negadeira me traz um tanto estafado
Quando vê qualquer toceira já se bolca de costado
"chê de deus" que trabalheira pra um pobre "ganhá" uns
"trocado"

Pra embuçalar de manhã é sempre a mesma novela
Murcha orelha e atropela bicho arisco, desgraçado
Não forma junto com os outros parece "inté" me tenteando
Fica num canto roncando que nem "peludo" enfurnado

Se até semana que vem eu não te ajeitar da boca
E tu seguir feito louca te atirando nas cancela
Te atirando nas cancela
Eu juro que largo a doma, meu ofício desde novo
Dou uma cruzada no povo e te vendo pra mortadela


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