Com a Alma nos Dedos
Alma Campeira (2001)
Cesar Oliveira e Rogério Melo
Pelo silêncio que trago, eu mostro mais minha cara
E então remoço a guitarra, tocando canções antigas
Que eu trago em mim escondidas para as horas que mais preciso.
Tem vezes que é só lembrança, tem outras que é solidão
Dependendo a precisão, eu busco meus sonhos raros,
Alguns vestindo olhos claros, outros silêncio de noite
Cada acorde mais sonoro que tange pela madeira
É minha alma musiqueira exposta a quem quer me ouvir
Pois só quem sabe sentir tem sua guitarra parceira
Os meus silêncios eu trago escondidos entre os meus dedos
Para libertá-los em segredo por estas cordas sonoras
Minhas parceiras das horas que eu tenho a alma nos dedos
Meus desafios são os mesmos dos que buscam seu lugar
Dos que querem transformar alguma dor em poesia
Pra parceiras melodias neste dom que deus me deu
Quem sabe a alma transite por onde meus dedos passem
Quem deram se eles achassem aquele acorde perfeito
Só pra mostrar do meu jeito este silêncio que trago