Do Pavão ao Canta Galo
Alma Campeira (2001)
Cesar Oliveira e Rogério Melo
Meu cavalo enche a boca
E a cambona faz ponteio;
Um cochincho rasga ao meio
A calma da madrugada...
Enquanto a aurora prateada
Vem destapando o rodeio!
Quando a última estrela
Deixar o céu do potreiro,
Pastando e seguindo o cheiro
Que a noite levou do pago...
Refugo os avios do amargo,
Porque o sol chega ligeiro.
Meu "Confiança" é noite escura...
Com prenúncios de tormenta;
Um relâmpago na testa
E um tufão em cada venta!
"Tem labuna 'nas dez quadra'
De 'cansá' 'inté' a cuscada...
E na boca da picada
Um touro berra e se arrima,
Chairando as armas da esgrima
Na macega sapecada!..."
Tem aparte no Pavão,
Bicheira no Canta Galo,
Mas eu vou bem a cavalo
E o resto eu levo no grito!
O mango é só pra bonito
E a espora é sempre um regalo!