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Quero-quero

Canção do Gaúcho (2011)

José Claudio Machado

João Pantaleão / Oswaldir

Salves tu quero-quero do meu pago
Ave guerreira sentinela das coxilhas
Sempre presente no calor dos entreveros
Testemunhando as mais sangrentas guerrilhas
Grito estridente revivendo pelos campo
O som vibrante do clarim dos farroupilhas.
Quero-quero as estampa campesina
Velho parceiro do nosso pago sem luxo
Tem sob as asas dois ferrões, pontas de lança
Fibra na alma e bravuras de gaúcho;
És fiel guasca que peleia até morrer
E não se abate na fumaça do cartucho.

Quero-quero és bravura do rio grande
Guardião do ago, posteiro da nossa gente
Lenda viva da grande pampa gaucha
A la pucha que bicho guapo e valente.

Quero-quero bem é astuto e caborteiro
Voa rasante sobre quem se aproxima
Deixa seu ninho camuflado na macega
Como despiste vai pousar noutro lugar.
Passa a vida defendendo o próprio chão
Impõe respeito quando se para gritar.
O quero-quero veio ao mundo pra pelear
E não dar alce pro inimigo mais austero
Igual a ele vou peleando por aí
Defendendo a pampa e a arte que venero.
De peito aberto vou cantando mundo a fora
Com essa garra que nos vem do quero-quero.


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