Solito
Solito (1985)
Cesar Passarinho
Me campereando
Alma dentro
Proseando com a solidão
Passei a vida alolargo
Sem deixar rastros no chão
Que me adiantou ser bom peão
Onde o bom peão é um ser comum
E entre tantos sou mais um
Solito, solito rumo a extinção.
E entre tantos sou mais um
Solito, solito rumo a extinção.
Pro amor me faltou tempo
E sem tempo o amor é curto
Se algum durou foi oculto
Em meio a lida e cachaça
Mulher não é assim no mais
E assim no mais não se acha
Que nos dê amor, filhos e paz
E ainda nos lave as bombachas.
Que nos dê amor, filhos e paz
E ainda nos lave as bombachas.
Piás, quem me dera tê-los
Pra encherem minha vida e meu mate
Mijarem os pelegos no catre
Tordilharem meus cabelos
Me darem afeto e o carinho
A troco de caramelo
Seria macanudo vê-los
Mesma raça, sangue e pelo
Repisarem meu caminho.
Mesma raça, sangue e pelo
Repisarem meu caminho.
{repete última estrofe}