Pra Bailar de Cola Atada
Rio-grandenses vol. 1 (2011)
Cesar Oliveira e Rogério Melo
De vereda me acomodo, se "dum" baile sinto cheiro
Sacudo o pó da mangueira, lá no açude do potreiro
Encharco de "amor gaúcho" a estampa de um peão campeiro
Por que sei que na minha terra dá pra confiar nos gaiteiros.
Pra bailar de cola atada campeio a volta do mouro
E um par de esporas prateadas, saio beliscando couro
Levo na alma a esperança de hoje "enfrena" um namoro
E um "três oitão" "das confiança" pra "causo" algum desaforo.
Refrão:
Vou "tira" china mais linda pra bailar de cola atada
E se não souber dançar ensino e não cobro nada
Depois que meto o cavalo seja lá o que deus quiser
Pois sou do tempo que os "home" ainda gostavam de mulher.
A cordeona dá um gemido a polvoadeira levanta
E eu já de pala encardido arrasto meu pé na bailanta
Vou cochichando no ouvido meu segredo pra percanta
E bem "campante" convido pra "tomá" um "samba com fanta"
Se "debrucemo" na copa e ali "troquemo uns carinho"
Com juras de amor eterno, ninguém quer morrer sozinho
Não me "tenteia" morena que tu é flor cheia de espinho
E eu "tô loco" de vontade de te arrastar pra o meu ninho.