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Granfino Nojento

Chegando de Longe / Apenas uma Flor (1983)

Teixeirinha

Granfino nojento cheirando a nobresa
Talvés tu te irrite com a minha franqueza
Tu falou comigo arrotando grandeza
Desfez dos meus versos com tanta frieza

Tu agarra agora a minha defesa
Meus versos é o pão que tu não tem na mesa
Não são os produtos da tua baixeza
Que não valoriza a própria natureza
Que é pura e saudável cheia de beleza

Meu cheiro é de terra de chuva e mormaço
Meu gosto é o fruto que dá no baraço
Meu canto é dos pássaros que voam no espaço
Por cima de ti granfino palhaço

Teu cheiro é de selva de cimento e aço
O esgoto começa lá noteu terraço
Teu dinheiro eu dobro com os versos que faço
Eu chupo a cereja e tu come o bagaço

Granfino mofado o xote e a rancheira
É música do povo melhor que a estrangeira
Granfino nojento não diga besteira
Meus versos são cores da nossa bandeira

Também em mulher eu te deixo na poiera
A minha é simples é linda e faceira
Morena gaúcha doce brasileira
Tem cheiro da flor dos campos da fronteira
Granfino eu te encosto nun pau de arueira.
Fim.


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