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Tostado Labareda

Moro Dentro Desta 24 Baixos (2009)

Xiru Missioneiro

Entre os cavalos que tenho, um é mais que especial
E a estampa deste animal causa inveja no rio grande
É um tostado labareda e as crina é um lenço de seda
E o porte é de um puro sangue

Fecha os olhos de mansinho quando nele jogo a encilha
Pisa leve na flechilha quando em seu lombo me aninho
E não tem de touro alçado fróxo as rédeas do tostado
E dou de mango no focinho
De carreira nem te falo é só o grito de largada
Meu o pingaço de arrancada parece que se desmancha
Corre limpo labareda e as crina é um lenço de seda
Clareando a reta da cancha

E a silena tilintando bem cadenciada no trote
E o rangir do sirigote resmunga no mesmo embalo
Num upa sai num refugo bem na ponta do sabugo
Cacho atado a cantagalo

Quando laço num rodeio meu pingo fica cinchando
Troca a oreia me cuidando quando apeio do seu tronco
Esse um tar que não me ataca relincha batendo pata
Pra defender o seu dono
No lombo deste cavalo no campo em são luiz gonzaga
Sou que nem ponta de adaga fazendo cósca em zebu
Pingo de capa e biqueira tá no rincão da figueira
Na estância deste figura

Entre os cavalos que tenho um é mais do que especial
E a estampa deste animal causa inveja no rio grande
É um tostado labareda e as crina é um lenço de seda
E o porte é de um puro sangue
E a silena tilintando bem cadenciada no trote
E o rangir do sirigote resmunga no mesmo embalo
Num upa sai num refugo bem na ponta do sabugo
Cacho atado à cantagalo


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