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Palmeira das Missões

Mocinho do Cinema Gaúcho (1970)

José Mendes

Sempre me vem à memória
Embora a gente não queira
Que a fama de desordeira
Aqueles feitos e gloria
Quem não conhece a historia
Deste povo de palmeira
Emprestando seu calor
Em hora bem inspirada
Entre a sombra da ramada
Embalou seu velho amor
Foi quando nasceu com dor
Uma façanha listrada

Sempre certa nas teorias
Nos princípios que sufraga
E nunca reclamou a paga
Permutas e autonomia
Se elevou em freguesia
Sem abdicar de nada
Pensando menos em si
Valorosa e triunfal
Da luta fez um ideal
Descobriu sedenir
E também miraguaí
Outro tanto criciumal

Terminou a velha rixa
Com as ventres no muita
Certa que plantando dá
E nunca perdeu a ninha
Repetiu vasta caminha
Em são martinho humaitá
Com a turma exasperada
Soube evitar o atrito
Atenta ouviu o grito
Moderna e civilizada
Que partiu em arrancada
Lá em rodeio bonito

Inaugurando três passos
Um pouco além da guarita
Outra cidade bonita
Saída de seus pedaços
Não lhe negaram abraços
Quando cortaram a fita
Em marcha de passarela
Contemplou entusiasmada
Nas festas de emancipadas
O desfilar de portela
Ou mesmo fugindo dela
Herval seco e a chapada

Aquilo que eu mais louvo
É a crença conservadora
Mãe amiga e protetora
Senhora de muito povo
Deu a luz a campo novo
Santo augusto e redentora
Com seu porte de alteza
Dona de um poder viril
Deste um pouco pra o garniu
Pediu ela para forteleza
Todos juraram firmeza
Pelas glorias do brasil

Soberana na atitude
Nos tempos do coronel
Decantada no quartel
Teve ela uma virtude
Criando estância saúde
Antigas águas do mel
Não há quem descambe
E louves a vanguardeira
Pelos lauréis da guerreira
Pelo valor que se espande
Na integração do rio grande
Quem não conhece palmeira
Na integração do rio grande
Quem não conhece palmeira


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