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Gineteada em Alegrete

Campeiro do Rio Grande (2000)

Walther Morais

Às vezes estou lembrando minha vida de ginete quando
Montava aporreados lá pras bandas do alegrete,tirava
Baldas de potros enforquilhado no lombo,não trago medo
Comigo nem sicatrises de tombo

(sou gaúcho que carrega o rio grande nas esporas,não
Subo em potro por manso nem desso antes da hora,sou
Gaúcho que carrega o rio grande nas esporas)

Certa vez a campo fora pras bandas de duraslau montei
Pra tirar a cisma de um potro xucro e bagual,meu deus
Foi tanto corcóvio que o povo fez orações,ao me ver
Sumir ao longe na diração das missões

(sou gaúcho que carrega...)

Descemos pelas canhadas num saltoso e de boque,para
Acalmar o cavalo não adiantou me benzer,ele com nojo
De mim eu agarrado na crina, queria me jogar fora mais
Nunca sai de cima

(sou gaúcho que carrega ...)

No outro dia alguém foi na direção que eu
Segui,encontrou rastros do potro lá nas margens do
Ibiquí,estava escrito na areia com a espora em trassos
Largos,um potro xucro me leva na direção de sntiago

(sou gaúcho que carrega ...)


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