Cordeona
Poemas de Jaime Caetano Braum (2005)
Joca Martins
De onde me vem cordeona o formigueiro
Que sinto n´alma ao te escutar floreando
Esta vontade de morrer peleando
Será que um dia eu já não fui gaiteiro?
De onde me vem este tropel no pulso
Este calor de fogo que incendeia
Porque será que fico assim convulso
Só de ouvir-te o sangue corcoveia
É o atavismo, eu sei cordeona amiga
Sem que tu digas, sem que ninguém diga
Parceira guasca que nos apaixona
E se mil vidas deus me desse um dia
Uma por uma delas eu daria
Pra ter mil funerais de mil cordeonas!