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Estrela de luz

Poemas de Jaime Caetano Braum (2005)

Joca Martins

Xiruazita encantadora, deusa das plagas sulinas
Inflando as rubras narinas qual uma pricesa moura
Morena que o sol pampeano bronzeou com tanta ternura
Tens a graça e a doçura de um interlúdio cigano

Mescla de deusa e charrua em cujos olhos flutua
Um lampejo aveludado aquele brilho sagrado
Que a noite roubou da lua

Como se o velho minuano num misterioso atropelo
Viesse rumbeando o sinuelo do teu olhar que seduz
Bordar estrelas de luz na noite do teu cabelo

Mas perdoem a quem canta
Com tão pouca inspiração
E que bota o coração
E a alma pela garganta!


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