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Cantiga de Rio e Remo

Coração de Gaúcho (2000)

João de Almeida Neto

Óia o dourado...
Óia o dourado...
Óia o dourado...

...que bateu no espinhel,
Trás a canoa que rio fundo não dá pé.

Esta cantiga é muito antiga, é muito amiga
E me acompanha desde o dia que nasci.
Leva a canoa quando eu saio noite a fora
Pescando estrelas no uruguai ou no ibicuí.

[Óia o dourado que bateu no espinhel
Trás a canoa que rio fundo não dá pé.]

Ela é remanso, é cachoeira, é lua cheia
Ela é piava, ela é dourado, é surubi
Ela é o espanto do piá que a vez primeira
Tirou das águas para o solo um lambari

[] []

É o pão na mesa para a fome de quem pesca
O peixe arisco da aventura que há de estar
Na voz humilde de quem canta esta cantiga
Sem outro sonho que não seja o de pescar...

[] []

Óia o dourado...
Óia o dourado...

Esta cantiga é muito antiga, é muito amiga
E me acompanha desde o dia que nasci.
Leva a canoa quando eu saio noite a fora
Pescando estrelas no uruguai ou no ibicuí.

[] []

É o pão na mesa para a fome de quem pesca
O peixe arisco da aventura que há de estar
Na voz humilde de quem canta esta cantiga
Sem outro sonho que não seja o de pescar...


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