Cantor de Fronteira
João de Almeida Neto - Vol. I (1989)
João de Almeida Neto
Quando canta um cantor de fronteira
Traz recados de vida e caminho
E se sua garganta é guerreira
Sua alma transborda carinho
Quando canta um cantor de fronteira
Não vê mapas e faz seu aparte
Irmanando parceiros de alma
Na fraterna grandeza da arte
Quando canta um cantor de fronteira
Escancara garganta e caminho
Se somando a outras vozes cantoras
Que um fronteiro não canta sozinho
Quando canta um cantor de fronteira
Louva amores que o mundo lhe deu
Mas conserva em ciumenta moldura
A fronteira que nunca esqueceu
Quando canta um cantor de fronteira
Nunca é isolada a emoção,
É uma frente de vozes erguendo
Sua gente, sua arte, seu chão