No Desdobrar das Auroras
O Campo (ao vivo) CD e DVD (2008)
Cesar Oliveira e Rogério Melo
Hoje, o sol nasceu mais cedo pra o índio da recolhida
Que trouxe a eguada estendida junto ao primeiro clarão
Faz parte da obrigação e o quera que não se entrega
Tenteando o grito de pega, já vem de buçal na mão
Sou cria do reculuta, sou da costa do banhado
Por isso é do meu agrado cortar o rastro da sorte
Ir de encontro ao vento norte, quebrar meu chapéu na nuca
Pois se a vida me cutuca pra ser parceiro da morte
Dá gosto quando a tropilha sente o guizo e vira a frente
Florindo os olhos da gente que já nascem pra os arreios
E cresce enfrenando anseios no desdobrar das auroras
Quando as vozes das esporas fazem tantos garganteios
Fazem tantos garganteios
Dá gosto quando a tropilha sente o guizo e vira a frente
Florindo os olhos da gente que já nascem pra os arreios
E cresce enfrenando anseios no desdobrar das auroras
Quando as vozes das esporas fazem tantos garganteios
Fazem tantos garganteios
"Dê-lhe, polquita vieja."
Meu mundo é um galpão de estância, meu pingo é um flete de guerra
Que pisa firme na terra quando venho armando o laço
Meu destino eu mesmo faço e, ao santo padre, eu entrego
Sei que algum dia, sossego mas não vai ser por fracasso
Dá gosto quando a tropilha sente o guizo e vira a frente
Florindo os olhos da gente que já nascem pra os arreios
E cresce enfrenando anseios no desdobrar das auroras
Quando as vozes das esporas fazem tantos garganteios
Fazem tantos garganteios
Dá gosto quando a tropilha sente o guizo e vira a frente
Florindo os olhos da gente que já nascem pra os arreios
E cresce enfrenando anseios no desdobrar das auroras
Quando as vozes das esporas fazem tantos garganteios
Fazem tantos garganteios