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Galo Fino

Gildinho - A Missão do Gaiteiro (2019)

Os Monarcas

Meu galo fino nasceu d'um ovo extraviado
Por uma gansa, chocado debaixo de um taquaral
Desde pintinho, tinha coragem de sobra
Era caçador de cobra, das franguinhas, era o tal

Meu galo fino quebrou a casca a puaço
Nasceu dando manotaço, que franquito de valor
Cresceu taludo, pescoçudo e entonado
Pelo povo, respeitado quando entrava no tambor

E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito
Arrasta a asa, ergue a crista e vai botando
E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito
Me enxergo em ti quando te vejo peleando

E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito
Arrasta a asa, ergue a crista e vai botando
E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito
Me enxergo em ti quando te vejo peleando

Meu galo fino ganhou a primeira rinha
Ainda nem crista não tinha, mas valente no retoço
O oponente galo grande e afamado
Deixou pombito, quebrado e sem couro no pescoço

Correu a fama do galo fino, monarca
Índio de sinal e marca, um guerreiro sem rival
Rio Grande afora, o meu galo faz bonito
Por isso que eu acredito, não vai nascer outro igual

E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito
Arrasta a asa, ergue a crista e vai botando
E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito
Me enxergo em ti quando te vejo peleando

E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito
Arrasta a asa, ergue a crista e vai botando
E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito
Me enxergo em ti quando te vejo peleando

E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito
Arrasta a asa, ergue a crista e vai botando
E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito
Me enxergo em ti quando te vejo peleando

E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito
Arrasta a asa, ergue a crista e vai botando
E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito
Me enxergo em ti quando te vejo peleando


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