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Hace Tiempo

Depois dos Mates (2011)

Jader Leal

Jader Leal

Hace tiempo que as manhãs lá da estância
Não me encontram na “Invernada d’Ocalito”
Juntando o gado pra repassar no rodeio
Quando encilhava e ia ao tranco do zainito

Hace tiempo que os tentos do meu laço
Não cerram nas aspas de uma novilha
E um redomão não se arrasta “veiaquiando”
Pra eu forcejar num pelado de coxilha

Hace tempo, mas ainda sou o mesmo
Que a madrugada encontrava no galpão
Com olhos claros de lua e de sereno...
Hace tempo e não olvido meu rincão”

Hace tiempo que o lombo do cavalete
É morada do meu basto Paysandú
E as esporas são enfeites na parede
Com o bocal que ressecou o couro cru...

Hace tempo que aquele cusco amigo
Costeava o pingo no seu posto de escolta
E era o mesmo que alvorotava encilha
Fiel parceiro, no tranco de ida e volta


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